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ENTENDA A “MOEDA COMUM” DE BRASIL E ARGENTINA, O SUR

Avançam as negociações entre Brasil e Argentina para a criação de uma “moeda única” entre os países. Chamada de Sur, a novidade gera curiosidade, dúvidas e até mesmo receio. E agora? O dólar desaparecerá? O real e o peso serão fundidos numa só moeda? 

Apesar dos debates recentes, a idéia de formar algum tipo de união monetária entre países sul-americanos não é nova. Ela faz parte dos objetivos de criação do Mercosul, acordo comercial criado na década de 1990 e do qual o Brasil faz parte. 

Segundo as autoridades, o Sur será usado para facilitar as trocas comerciais entre Brasil e Argentina. Além disso, ele serviria para reduzir a exposição dos países às instabilidades do dólar, principal moeda de referência no comércio internacional.

Embora esteja sendo chamado de “moeda”, o Sur não será uma moeda. Sua proposta é a de funcionar em uma “câmara de compensação financeira” entre os países. Ali o valor do Sur serviria como medida de referência. Dessa forma, o real e o peso continuariam a existir. 

Nesse contexto, as comparações com o Euro são equivocadas. Para ser uma moeda única de fato, o Sur demandaria esforços complexos. Seria preciso criar um banco central do Mercosul. Seria preciso reduzir as disparidades de câmbio, juros e inflação entre os países. Nada disso pode ser feito sem décadas de estudos e negociações. 

O Sur também pode enfrentar rejeição política. Para ser implantado, ele precisa de aprovação tanto no Brasil quando na Argentina. Tudo indica que pode haver resistência dentro de ambos os países. Um dos motivos para isso é a falta de pesquisas e de acordos necessários para isso.

Finalmente, existe dúvida se o Sur vai realmente cumprir sua maior promessa. É improvável que vá substituir o dólar como referência para trocas comerciais. O dólar conta com alta confiança no mercado. Mesmo Brasil e Argentina podem relutar em fazer essa substituição.

Apesar disso, o Sur indica a necessidade de ficar atento às novas direções das relações comerciais do Brasil. Os principais produtos argentinos importados pelo Brasil incluem adubos, óleos combustíveis, medicamentos, equipamentos de telecomunicações e motores e máquinas não elétricos. 

Informou Tradingmex.

(Com informações do “Money Times” e do “Inteligência Analítica”)

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