Em 2023, o mercado cambial sugere mudanças estruturais. Parece haver uma corrida para substituir o dólar, tradicional meio de pagamento no comércio internacional. Importadores e exportadores se perguntam o destino da moeda americana.
As notícias no cone sul inquietam. De um lado, Brasil e China sinalizam desejo de dispensar o dólar em suas transações, permitindo trocas diretas entre reais e renminbi. De outro, Brasil e Argentina ensaiam arranjo semelhante entre o real e o peso argentino.
As notícias inquietantes prosseguem mundo afora. Em diversos países, a China propõe sua moeda como alternativa ao dinheiro americano. Enquanto isso, o valor do dólar cai em toda parte, ao passo que o governo americano parece menos preocupado com economia e mais com política.
Tudo isso leva a perguntar: afinal de contas, para onde vai o dólar? Seria o começo de uma era pós-dólar? Estaríamos próximos de uma nova moeda referência? Diante disso, o que fazer? E o que esperar?
As dúvidas se resolvem quando pensamos no longo prazo. Supondo que importadores e exportadores pudessem receber seu pagamento somente daqui a quinze anos. Em que moeda será que gostariam de receber?
É muito provável que a resposta dessa pergunta seja: “em dólar”. Apesar de tudo, a moeda americana desfruta de de alta credibilidade. Muita disso se deve à dinâmica da economia americana. Mesmo com tropeços, ela dá mostras de que continua favorável em longo prazo.
Por tudo isso, é preciso manter o foco no dólar. Ele possui plena condição de ser por muito tempo a principal moeda internacional. Comprar e vender no exterior exige e exigirá alto planejamento cambial em moeda americana. E sucesso nesse contexto requer talento e experiência.
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